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quarta-feira, 23 de julho de 2014

Soleira do Sertão: Ariano Suassuna







A cultura do nordeste e do Brasil, mais uma vez fica órfã de um pensador andarilho, de pés descalços como um caboclo, de nariz empinado como um índio, desbravador como um vaqueiro sem chapéu de couro para se proteger dos espinhos da caatinga... O grande mestre dos autos e das compadecidas cumpriu sua tarefa de falar, bradar e escrever a cultura de um povo fora da academia... Do povo descalço dos emaranhados ideológicos e da religião suprema da eucaristia judaico-cristã... Do povo que sempre soubera viver as intempéries do sertão sob a égide do sagrado, do divino nas entranhas da fome, da dança, dos folguedos, dos xaxados, das romarias e das cantorias...”Ó Deus salve o oratório, Ó Deus salve o oratório, onde Deus fez a morada, oiá meu Deus, onde Deus fez a morada, oiá... onde mora o Cales Bento e Ariano Suassuna, oiá...”...
À benção Suassuna, diz pra lá onde fores que a gente dessa terra que vós ajudastes a arar, ainda espera a chuva chegar...