A cultura do nordeste e do Brasil, mais uma vez fica órfã de
um pensador andarilho, de pés descalços como um caboclo, de nariz empinado como
um índio, desbravador como um vaqueiro sem chapéu de couro para se proteger dos
espinhos da caatinga... O grande mestre dos autos e das compadecidas cumpriu
sua tarefa de falar, bradar e escrever a cultura de um povo fora da academia...
Do povo descalço dos emaranhados ideológicos e da religião suprema da
eucaristia judaico-cristã... Do povo que sempre soubera viver as intempéries do
sertão sob a égide do sagrado, do divino nas entranhas da fome, da dança, dos
folguedos, dos xaxados, das romarias e das cantorias...”Ó Deus salve o
oratório, Ó Deus salve o oratório, onde Deus fez a morada, oiá meu Deus, onde
Deus fez a morada, oiá... onde mora o Cales Bento e Ariano Suassuna, oiá...”...
À benção Suassuna, diz pra lá onde fores que a gente dessa
terra que vós ajudastes a arar, ainda espera a chuva chegar...
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