Giorgione (1477-1510) – Melancholia (Maria Madalena)
Dia 22 de
julho se celebra o dia de Maria Madalena,
Essa
mulher acusada de prostituta sem nunca ter sido; de amante e esposa do Cristo sem
nenhuma prova histórica, exceto na ficção do código da Vinci; de ter sido
obrigada a exilar-se no sul da França na caverna de Saint Baume até sua morte;
de ter sido a primeira pessoa a ver o Cristo ressuscitado; de ter podido estar
ao lado Daquele homem, filho do Deus de Abraão, Isaac e Jacó; de ter escutado a
transmissão da boa nova da boca do Messias; de ter estado ao lado do mistério
do mistério do Sagrado sem poder expressar o que sentira e o que vislumbrara do
supra inefável. Essa face feminina de Deus, como a do mito de Ísis e de Eurídice
e como a Sofia Grega representada em Pitágoras e Parmênides, Maria Madalena, a
partir dos escritos do Mar Morto (encontrados no século passado por um pastor
em uma gruta) escrevera o verdadeiro e autêntico Evangelho de Jesus Cristo.
Reconstituição
do rosto de Maria Madalena a partir de um suposto crânio encontrado próximo de Marselha
em França por um cientista brasileiro.
Quisera
poder ler, contemplar, meditar e refletir esse tesouro milenar desses escritos
do Mar Morte, enquanto isso não é possível, contento-me com a audácia, a
astúcia e a sabedoria de Maria Madalena que experimentara em sua carne a
indiferença dos judeus, dos gentios, dos hebreus e de todos os moralistas
judaico-cristãos até nossos dias, estereotípica da pecadora, simplesmente
porque era (a) o Outro (a).
Rogai
por todos os Outros da América Latina junto com N. S. de Guadalupe.
Sua
benção,
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